Sobre a beleza das flores


Um padrão de fotos com um significado amplo, preocupado com sua beleza e com as variações estéticas que podem ser feitas dentro desse padrão. Esse é o Beija Flor, projeto de Maria Navarro, estudante de comunicação na UFMG, e Ciro Thielmann, fotógrafo.

As fotos do projeto contam sempre com a flor na boca, as cores fortes que são geralmente usadas no fundo e algum outro elemento para harmonia. O que chama atenção nas imagens são os contrastes com cores e sombras e alegra os olhos de quem vê tanta beleza.

O projeto tem hoje uma página no facebook e no tumblr, que contam com seguidores ativos e, além disso, faz algumas exposições por Belo Horizonte (que é só conferir na página do face que eles avisam quando e onde).



Um projeto que tem como objetivo beleza e harmonia mas é diverso, em suas fotos, paisagens, flores, pessoas e cores. Que inspira na gente intensidade

E foi pensando em entender mais um pouco que o Cria Plano fez uma entrevista com os criadores do projeto e tá aqui pra vocês:

1. O que é e como surgiu a ideia de criar o projeto beija flor?
A ideia surgiu a partir de uma foto que o Ciro Thielmann já tinha, e conversando sobre projetos, resolvemos fazer outras fotos no mesmo padrão da que já existia, um fundo, uma flor, um turbante e uma pessoa. Começamos com amigos e depois resolvemos expandir, criamos a página no facebook e o tumblr, e a partir daí o projeto criou um ritmo bacana, com diferentes pessoas e flores nas fotos. O Projeto Beija Flor, pode ser melhor definido a partir do texto que nossa amiga bióloga e colaboradora, Luciana Gerhard escreveu: “Com o intuito de valorizar a heterogeneidade da natureza como um todo, o Projeto Beija Flor mescla indivíduos, flores, cores e texturas com um único propósito: retratar a conexão e a harmonia dos diferentes elementos em cena e inserir o homem como parte integrante e essencial nos mecanismos de reprodução. A flor, órgão reprodutor das plantas, posicionada à boca, ressalta um significado não somente estético e subjetivo, mas estabelece uma relação direta onde nós, seres humanos, através da fala e das nossas inúmeras formas de expressão possuímos insondável papel em nosso meio: o de reproduzir beleza aos olhos de quem vê.”

2. Vocês se inspiraram em outros projetos e artistas? Como essa inspiração refletiu no projeto?
Para produzir esse projeto não existe uma inspiração pontual, mas podemos dizer que existem sempre fotógrafos e artistas como referências para nossos trabalhos como um todo. A fotografia documental e, alguns retratos são ótimas referência, como Sebastião Salgado, Alex Webb, Martin Parr, Derby Blue, Chagall, entre outros.

3. Vocês acreditam que o projeto faz a arte dialogar com o que vocês aprendem/aprenderam na comunicação? Como?
Em certa medida sim, em especial para nós que trabalhamos com o audiovisual, tudo o que foi ensinado voltado para as teorias da imagem foi importante para o amadurecimento de ideias, referencias, inspiração, crescimento, e aperfeiçoamento de técnicas e práticas.

4. O que vocês buscam passar para as pessoas com o projeto e as fotos?
Na verdade não existe uma mensagem nas fotos, o que gostamos de ressaltar é a harmonia entre cores, indivíduos e flores pode causar numa imagem, que pelo projeto, essa imagem se tornou um padrão de fotos. Essa harmonia na composição é o que buscamos sempre ao realizar uma foto para o Beija Flor, e o que esperamos é que ela reproduza beleza.

5. Qual futuro vocês desejam para esse projeto?
Gostaríamos de criar um livro a partir do Beija Flor, com as fotografias e a catalogação das flores que fazem parte do projeto. E também, continuar expondo, já que ainda estamos produzindo fotos.

6. Só de curiosidade mesmo, sei que são muitas fotos e todas lindas mas vocês têm suas favoritas?
Bom, essa é uma pergunta difícil, porque cada foto tem sua singularidade, com a beleza da flor e a beleza da pessoa que está sendo fotografada. E acho que podemos deixar essa escolha para quem quiser ver o projeto!

O Cria Plano ficou apaixonado com as fotos, então separamos algumas para vocês também se apaixonarem










O suco, a saúde e a tecnologia


Vamos fazer uma pausa. Se imagine no supermercado, indo comprar um suco: o que você procura? A marca, o sabor, ou a embalagem? Se pensou em qualquer uma dessas opções, você pode ter chegado na mesma marca: a do bem. A proposta dessa marca carioca é bem simples: oferecer às pessoas algo saudável e verdadeiro, não adicionando em sua composição aditivos químicos ou conservantes. E vamos combinar? As caixinhas são as coisas mais fofas que você já viu!



Mas, essa empresa empreendedora não quer parar por aí. Com a intenção de aumentar a participação da marca, e vender além de sucos, passar a vender um estilo de vida e de conceito de saúde, ela agora investe na primeira pulseira inteligente brasileira: a "Máquina".



Essa pulseira é capaz de contar passos, calcular calorias gastas, medir a distância percorrida e monitorar o sono. Tudo isso é sincronizado por bluetooth com um aplicativo do iOS, que cataloga essas informações em formatos de gráficos, de fácil entendimento, garantindo que os usuários se atentem mais e mais à sua saúde. 



Só uma coisa nos intriga, como uma marca tão despojada, colorida e "fofa" como a Do Bem, cujo um dos princípios que se se guiavam era a de humanizar a marca, apresenta de forma tão fria seu novo produto inovador. As cores frias do produto, e os vídeos mais sérios,  claramente querem passar um novo conceito da marca, de seriedade e comprometimento. Mas, até que ponto os conceitos de uma marca devem mudar tanto de um produto para o outro?

Na onda de saúde, a Do Bem inovou no Brasil, mas ainda tem muito o que aprender, quem sabe com esse novo gadget?? 





A marca FitBit, de pulseiras como as "Máquinas" contratou um design de joias para esconder seus gadgets de monitoramento. E aí, afinal, a tendência de um estilo de vida  saudável pode ser aliado às tendências da moda? Quão longe uma empresa deve se adaptar para adotar um novo conceito de um novo produto? Os resultados disso virão com os números de vendas da "Máquina", que já começam a ser comercializadas em julho para o iOS, e em setembro para aplicativos do Android.


Os copos da Copa Cola


Não e novidade que as empresas utilizam cada vez mais as redes sociais para interagir com seus consumidores. Essa interação fortalece as relações de fidelidade e confiabilidade entre as marcas e seu público, o que a torna uma ferramenta muito importante na estratégia publicitária de uma empresa.

O que vem sendo notado é que algumas empresas agora buscam materializar essa relação. Você pode estar se perguntando: mas como? De uma maneira simples: enviando “presentes” aos seus clientes. Pelo menos foi o que fez a Coca-Cola durante as últimas semanas.

Depois do fim da chamada “Copa das Copas”, a Coca resolveu presentear alguns de seus consumidores com os copos oficiais que eram vendidos nos estádios. Os felizardos foram aqueles que mais se mostraram envolvidos no Twitter com a marca. O processo foi fácil: após clicar no link enviado por mention, o consumidor precisava apenas preencher seus dados pessoais e enviar uma mensagem para a Coca, elogiando, criticando ou dando sugestões. Surpresas prometidas, e dias depois, visivelmente cumpridas. Dois copos dos jogos em mãos.

A pergunta é: porque enviar copos de jogos da Copa para consumidores? O objetivo é mostrar para seu público que a empresa procura ter uma relação de amizade com seus clientes, que ela se preocupa em manter-se próxima e sempre presente em suas vidas. Afinal, quem não gostaria de ter uma Coca-Cola te mandando alguma coisa?

Nesse tipo de ação, a Coca inverteu os papéis. Ao comprar um produto da empresa, estamos condicionados a enviar nosso dinheiro para a corporação, e isso se torna tão comum que nem paramos para pensar no assunto. Mas é com grande surpresa que recebemos um presente, pois é algo que não costuma acontecer. E é aí que funciona a estratégia da marca: você pode achar que não, mas ela sempre se lembra de você.


A estratégia publicitária dos copos é relativamente simples, pois os mesmos não foram produzidos a mais para serem enviados, eles sobraram dos jogos. Os custos, então, são relativamente baixos, mas o resultado incrivelmente grande. O que está em jogo aqui é a fidelidade do cliente Coca-Cola com a marca e a empresa sabe do retorno que uma boa relação traz. E como não amar uma empresa que te envia presentes? Essa é a Coca-Cola se superando mais uma vez. 

Recebi os meus!! 

Visitando o Castelo Mágico



O Castelo Rá-Tim-Bum foi o programa educacional de maior audiência da TV Cultura na década de 90. A série conta a história de Nino, um garoto de 300 anos, que vive com seus tios bruxos – Dr. Victor e Morgana – em um castelo mágico com animais que falam e seres fantasiosos. Ao sentir-se solitário, Nino atrai, por meio de um feitiço, três crianças, Pedro, Biba e Zequinha, para viverem diversas aventuras e descobertas no Castelo. O programa também possuía quadros didáticos entre as cenas que podiam ou não ser ligados ao tema específico de cada episódio.

Para a realização de seus 90 episódios o Castelo Rá-Tim-Bum contou com uma enorme produção para a confecção dos cenários, caracterização e fabricação dos personagens, envolvendo 6 mil horas de gravação, mais de 3 mil horas de edição, 800 figurinos e uma equipe de 250 profissionais.






















A série infantil completa, no ano de 2014, 20 anos desde sua estreia, e, em comemoração, o MIS (Museu de Imagem e Som) de São Paulo, montou uma grande exibição com aspectos históricos e artísticos do programa, expondo peças originas e o ambiente lúdico característico da série. A mega exposição é divida em duas partes, a primeira com peças do acervo, objetos das cenas, fotografias e figurinos. Já na segunda, o visitante consegue, literalmente, visitar o Castelo, podendo conhecer o saguão, o quarto da Tia Morgana e a famosa biblioteca, sendo, até mesmo, recebido pelo próprio "Nino". Além de tudo isso, o público ainda pode ver de perto os bonecos originais do programa, como o monstro Mau, a cobra Celeste e as botas Tap e Flap.



O Castelo Rá-Tim-Bum foi um grande sucesso de 1994 a 1997 e, por sua divulgação em um canal aberto, foi capaz de alcançar diversas crianças. Já hoje em dia, com a crescente perda do espaço da TV para outras plataformas online, os programas infantis têm ficado cada vez mais escassos nos canais de circulação gratuita. Sendo assim, a falta de interesse somada a falta de espaço na televisão faz com que seja cada vez mais difícil o surgimento de um novo grande sucesso como foi o do Castelo.

Confira mais imagens dessa linda exposição aqui!
Assista também à esse documentário incrível sobre o programa!

PS: O Cria Plano inteiro chora com a exposição longe de nós!

"Old but gold"


No dicionário diz: "Retorno a estilos do passado, sugerindo a tentativa de recuperar glórias de outras épocas ou de outros povos."  Mas o que isso quer dizer pra comunicação? Pra publicidade?

Como já dito aqui no blog, são várias as formas de tendências (confira aqui), e o Retrô, dentro dessas classificações, se encaixa como uma “mania”, ou seja, já é uma tendência que dura há alguns anos e, assim, já é consolidada o suficiente para abranger a publicidade e o design de forma mais “duradoura”.

Gráfico que indica a quantidade de busca da palavra "retrô" no Google.
Mostrando que começou a crescer mais ou menos em 2006 e desde então não parou,
tendo alguns picos mas no geral não caiu.
Essa tendência está bem ligada a uma outra, a de “nostalgia”, pois é esse sentimento nostálgico que faz as pessoas terem mais interesse em coisas antigas, coisas vintages. Assim, ele funciona para designar o "old fashioned" ou velho, sendo algo "eterno" ou "clássico". É uma tendência muito ligada à moda, por se tratar da valorização de uma peça que tenha outro estilo visual, e muitas vezes de fabricação, que é antiga.

Mas esse apelo ao retrô em termos de produtos aparece muito por seu design e atualmente vemos sua força de inspiração para produtos mais duráveis, como, por exemplo, eletrodomésticos e carros. Para isso acontecer, a tendência tem que estar muito bem consolidada e já ter passado por vários outros produtos e campanhas para constatar a sua adesão pelo público-consumidor.

Refrigerante Itubaína
Carro da Volkswagen: New Beetle (conhecido como "o novo fusca")
Frigobar da Brastemp, lançado em 2007
O retrô remete a uma época que abrange os anos 50, 60 e 70, e está bem ligado ao seu estilo: é uma forma de ver o mundo de uma outra perspectiva. Sendo assim, tal estilo pode estar ligado não apenas a esses bens de consumo já apresentados, mas também às roupas, ao penteado, à decoração da casa, ao gosto musical, ao gosto cinematográfico, aos ídolos e inspirações e assim por diante.

                                 

                               

Desfile de Alexandre Herchcovitch na São Paulo Fashion Week
de 2013 para colação de inverno de 2014.
                                 

Falando um pouco sobre o estilo retrô em si: ele aposta em coisas coloridas e combinações bem vivas com cores sólidas e fortes, como o laranja, o amarelo e o verde combinados ao preto, branco e vermelho. Além disso, os móveis seguem uma linha com formas largas e longas, beiradas suaves e arredondadas, além de material cromado com superfícies lisas e brilhantes, características tais que podemos notar nos produtos como carros e eletrodomésticos que aderem o retrô hoje em dia. Já nas decorações é comum vermos muitos padrões floridos, tie-dye e psicodélicos abstratos, além de texturas trabalhadas em felpo, vinil, rendas e veludo (o que vale muito para as roupas), que são outros aspectos marcantes desse estilo.

Não podemos deixar de falar também das figuras icônicas que marcam o retrô: famosos do cinema e da música, estampados nos produtos como exaltação do estilo de vida que se vivia, algo bem característico daquela época que o retrô resgata.

"Rosie, the Riveter" personagem criada na década de 40 para incentivar o trabalho feminino.
Se tornou símbolo do movimento feminista.
Atriz Marilyn Monroe
Atriz Uma Thurman fazendo a personagem Mia Wallace
no filme Pulp Fiction (1994) de Quentin Tarantino
                                    

                         

Apesar de ser antigo, hoje em dia a consolidação dessa tendência mostra: é sim moderno ser retrô. Ao mesmo que tempo que ele contraria o "newism", ele adere: misturando o antigo ao novo, fazendo produtos altamente tecnológicos e modernos mas ao mesmo tempo com um design que remete ao antigo. E você, arrisca o que nessa tendência?

O Novo, de novo.


Você já trocou de celular este ano? E as redes sociais que você costuma acessar, são sempre as mesmas, ou quando surge uma nova você vai correndo testar para saber como ela é? Respostas a essas perguntas são apontadas por uma tendência de mercado e de consumo que surge e se desenvolve com força total, o Newism.



O Newism se explica pela vontade do consumidor de adquirir e desfrutar de novos produtos ou serviços. É, em suma, o desejo por novidade. A questão da aquisição de novos equipamentos em um curto espaço de tempo, já foi discutida pelo conceito de obsolescência programada, onde as marcas fabricavam produtos com um curto tempo de vida útil, obrigando os consumidores a comprar novas peças. A diferença entre obsolescência programada e o Newism, é que no primeiro caso, as compras eram feitas por necessidade de um produto novo, já no segundo, não há uma necessidade real, e sim a vontade de adquirir algo inovador, dispensando, assim, um produto de qualidade e em pleno funcionamento, somente pelo anseio de possuir alguma coisa diferente.

Não é difícil encontrar exemplos que comprovem essa tendência que se firma cada vez mais com o tempo. Temos o aplicativo Instagram, que em menos de um ano alcançou 10 milhões de usuários, e que agora compete com novas redes sociais que surgem a todo momento, como Snapchat e Vine, tendo que buscar alternativas e atualizações para chamar a atenção de seu público. Outro exemplo são as marcas de smartphones, que costumam lançar semestralmente, ou anualmente, seu novo top de linha, com algumas features que o diferencia de seu antecessor, como o Touch ID do iPhone 5s, ou o Knock On do LG G2.

Touch ID

É a partir disto que surge o desafio das marcas, inovar em um curto espaço de tempo, para oferecer produtos ou serviços que cativem o consumidor. E aí, qual será a próxima novidade? Espera só que o criaplano.com vai trazer uma quentinha para você!


 
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