Propaganda atômica


E se uma Mercedes-Benz tivesse matado Hitler há mais de 100 anos atrás e prevenisse um grande perigo para a população? Primeiro, há 100 anos atrás isso praticamente não seria possível. Talvez não existissem a marca ou carros com capacidade de matar alguém após um atropelamento. Talvez uma possível morte de Hitler não fosse tão potente para abafar o nazismo como o papel da propaganda fez ocorrer o contrário. Isto é: sem a comunicação, mais especificamente a publicidade, Hitler não teria, de forma alguma, recebido tal importância e credibilidade ou alcançado o patamar que chegou antes e durante a Segunda Guerra Mundial, representando toda a Alemanha.


Um dos motivos para se pensar e refletir sobre isso é: como milhares de pessoas teriam concordado com uma “ideia” de exterminar os judeus e até quem não fosse ariano? Nem o próprio Hitler era ariano – isso pode até parecer loucura ou falta de noção. Mas hoje sabemos que tudo isso aconteceu, e os alemães achavam que era para seu melhor. Inclusive pode até ter sido, pois o comandante do ideal nazi realmente trouxe melhoras para o país, como uma economia mais valorizada, reconhecimento por outros países, a volta da identidade nacional, entre outros. Por outro lado, disseminou o ódio por outros países e nações, declarou uma guerra com o mundo todo e foi responsável pela morte de milhares de inocentes.


Para se atingir um objetivo, como uma venda de um produto ou de um ideal, a publicidade deve escavar até o fundo do emocional do público. Quando chegar ali, com certeza obterá sucesso. Não diferente disso, a propaganda nazista explorou o emocional da massa fazendo com que esta se apaixonasse pelo o que estavam mostrando. Nacionalidade, patriotismo, união, sucesso do governo foram conceitos muito explorados. Inclusive a própria humilhação e miséria que a Alemanha havia sofrido foi uma referência para as peças publicitárias. 
Durante a época de Hitler, diversos cartazes foram produzidos e 1.350 longas-metragens foram filmados, desde comédia e musical até drama e documentário que exibiam e expandiam os ideais xenofobos e racistas da e para a sociedade alemã. Além disso, os nazi foram os primeiros a utilizar o cinema como forma de propagar sua ideologia. Como o esperado, nos filmes os nazistas eram os heróis e exibiam a brutalidade do inimigo, mostrando ingleses e russos como seus principais inimigos, os primeiros como fracos e ridículos, imperialistas e opressores, os segundos como bêbados e brutos. Nesse caso dá até pra conferir uma semelhança com as histórias de quadrinhos americanas, não é? 


Mas Hitler não atuou nessa sozinho: tinha ajuda de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda Nazista, que provavelmente, mais que Hitler, foi responsável por todas as consequências do regime por toda a população ter acreditado neste. Tudo isso é algo muito chocante, pois Hitler e seu publicitário fizeram muitas coisas erradas e ruins serem vistas como corretas e como o bem da população, e tudo graças à publicidade e à propaganda. Não que elas sejam feitas pra alienar ou que sejam instrumentos maus, mas dependendo da forma que forem usadas são tão perigosas como uma bomba em meio de uma guerra.

O que faz uma marca marcante?


Texto por Mariana Franco

Uma marca de sucesso não nasce de uma dia para o outro. Sucesso no caso, quer dizer reconhecimento. Além da qualidade do produto inferir nisso, o logotipo também é fundamental, pois é a mais importante parte comunicativa da marca. O logotipo é a forma particular como o nome da marca é representado graficamente, pela escolha ou desenho de uma tipografia específica. Cabe aos profissionais de publicidade criar não apenas uma identidade visual, mas sim um conceito que será sempre carregado pela marca, e também pelas pessoas. Elementos simples, do dia-a-dia, são então, quase acidentalmente, associados a logotipos famosos. Como ver um M em amarelo e não pensar logo no Mc Donalds? Ou ainda, como ver uma maça comparada a um computador e não pensar logo na Apple? E o que

 Neste vídeo temos alguns dos logos mais conhecidos de todo o mundo, e que, mesmo sem saber bem qual é o produto, tenho certeza que pelo menos você já viu seu símbolo em algum lugar.

http://youtu.be/o36mNHqcUg0





Além do logo em si, há também outras estratégias usadas pelas marcas para fazer com que sua imagem ecoe ainda mais na cabeça das pessoas. O uso de mascotes, por exemplo, como o palhaço Ronald Mc Donald, ou os famosos ursinhos nas campanhas de natal da Coca Cola auxiliam na quase onipresença dessas marcas. Tente você mesmo, nessas imagens abaixo, adivinhar o nome da marca:




Muitas das associações que fazemos são inconscientes, e nisso está o sucesso dos logotipos e símbolos: causar uma impressão boa e memorável não apenas para criar um desenho bonito, mas para criar todo um reconhecimento e familiaridade.

A Publicidade no Facebook

Texto de Luciana Lana



O Facebook cresceu rapidamente e se tornou um dos mais populares sites de relacionamento, desenvolvendo diversos mecanismos com o objetivo de facilitar a interação de seus usuários. Essa rede tão famosa proporciona uma experiência social completa e ainda possibilita a comunicação não apenas entre usuários, mas também de empresas e organizações.

A rede social disponibiliza diversas formas de comunicação para as marcas. Um exemplo disso são as páginas, utilizadas para conseguir engajamento e atender aos clientes, além de compartilhar conteúdo relevante. Outra maneira publicitária é a Like Store que permite a exibição de produtos, com cálculo de frete, consulta de estoque e outras funcionalidades. Existem também os anúncios segmentados, que aparecem enquanto o Facebook é utilizado, e os aplicativos, que oferecem interatividade e serviços exclusivos, sendo de utilização opcional.


Para publicidade o Facebook possui seu próprio Marketplace, que consiste na utilização de uma ferramenta de busca por ofertas de empregos, casas, carros e objetos a venda a partir da utilização da conta pessoal do usuário, possibilitando que os mesmos postem livre e gratuitamente propagandas e anúncios. Essa rede social conta também com o Facebook Advertising, um aplicativo que possibilita que as corporações criem páginas para seus produtos veiculando livremente anúncios publicitários.



As Fanpages possuem grande força dentro do Facebook por funcionarem como interativos perfis públicos. Essas páginas não têm limite de número de assinantes, o que potencializa a disseminação do que é veiculado nas mesmas, além disso, seus administradores tem acesso a uma ferramenta para avaliar o nível de interação dos assinantes, que inclui o número de pessoas que curtem a página e quantas pessoas veem e clicam numa publicação, sendo possível ainda detectar um público alvo.


Utilizando esses artifícios publicitários o Facebook se mostra como um grande mercado em expansão para que as empresas anunciem seus produtos, por possibilitar um contato mais recorrente e próximo do cliente.

Nostalgia Publicitária


Texto por Virgínia Badaró

Propagandas interessantes muitas vezes despertam a curiosidade das pessoas. Mais do que um modo de divulgar um produto, elas podem se tornar uma forma de entretenimento, seja por um jingle, um personagem ou uma história, permanecendo em nossa memória. Além disso, os comerciais estão presentes no nosso cotidiano e podem ser associados a momentos marcantes, já que muitos deles refletem características da época em que foram veiculados. 
Mas o que torna uma propaganda memorável? Um anúncio publicitário que não é inovador, que permanece no senso comum está fadado ao esquecimento. Quanto mais diferente do que já foi proposto, melhor. Foi o que empresas como Bombril, Embratel, Brahma e outras já fizeram, conseguindo reforçar a presença da marca com comerciais inesquecíveis. 

Embratel, 1999
Bombril, 1978-2004

Como esquecer o caranguejo que mostrava o bumbum na praia e dizia “tchananana”? Ou as crianças fofinhas vestidas de mamíferos segurando o leite Parmalat? A garotinha hipnotizando sua mãe para comprar o chocolate Batom? E o clássico jingle com os ingredientes do sanduíche Big Mac? 

Brahma, 2000 

Parmalat, 1996

Garoto, 1992 

Mc Donald's, anos 90 

Esses são casos que ilustram o sucesso de jogadas de humor, garotos propaganda marcantes e, é claro, musiquinhas “chiclete” que tornam a publicidade ainda mais relacionada à cultura e às nossas vidas, fazendo com que possamos relembrar diferentes épocas através do que elas mostram. 

Amoeba, 2001

Tortuguita, 1997

Atualmente, as propagandas vêm surgindo cada vez mais objetivas, pois com o desenvolvimento da internet e principalmente dos meios móveis como smartphones e tablets, as pessoas preferem assistir a vídeos curtos e que chamem atenção logo de início. Apesar dessa mudança, a fórmula da propaganda memorável perfeita, mesmo que incerta, continua seguindo os pilares da inovação, criatividade e humor dos sucessos antes apresentados pela televisão.

Agregando valor a um viral


A Cria UFMG Jr. está realizando seu Programa Trainee e agora é a vez dos trainees do Planejamento escreverem para vocês. Começando com o João Gabriel Reis.

Quem, nas últimas semanas, não ouviu falar dos 10 mandamentos do rei do camarote?
Alexander Almeida, de 39 anos, é um empresário milionário que concedeu uma entrevista à revista Veja e mostra o que seria preciso para uma pessoa se tornar um rei nas baladas. O vídeo despertou o interesse de todos na web e hoje já possui mais de 5 milhões de visualizações no YouTube, fora a grande repercussão nas redes sociais, como Twitter e Facebook.


O vídeo que, inicialmente, era para ser apenas uma reportagem, virou alvo de piadas na internet e rendeu a criação de memes, perfis falsos no Facebook e até tornou-se trending topic com a palavra camarote no Twitter. Além disso, o seu teor cômico também rendeu a criação de paródias que ganharam rápida notoriedade.









O viral, devido ao grande número de visualizações, ganhou também a atenção das empresas, que tentaram aproveitar de sua popularidade, não só nas redes sociais, como também em campanhas publicitárias. É o caso do Itaú, Ponto Frio, Axe, Bis e Halls.



Tudo isso mostra uma tendência que se afirma a cada dia: a internet é um prato cheio para as empresas na elaboração de campanhas publicitárias. Ela proporciona o que as marcas mais querem nos dias de hoje, que é conquistar popularidade instantânea. Essa relação deverá ficar cada vez mais próxima e a internet promete interferir cada vez mais nas atitudes tomadas pelas empresas.
Os virais, neste caso, fazem parte de uma estratégia de comunicação, representando uma das saídas mais produtivas para que as empresas conquistem tal objetivo, agregando valores que vão muito além do vídeo. 

TipCOM: Gregório Duvivier e o Porta dos Fundos


Para fechar a semana de palestras com chave de ouro, o TipCOM recebeu Gregório Duvivier, integrante do canal Porta dos Fundos, para contar um pouco de sua história como ator, humorista e escritor.

Gregório começou o bate-papo falando sobre o Porta dos Fundos, fundado por ele em parceria com seus grandes amigos Fábio Porchat, Antonio Tabet (do site Kibe Loco), João Vicente de Castro e o diretor e produtor Ian SBF. O primeiro vídeo do canal a ir ao ar foi o “Porta do Fundos nº 1” ganhando rápida repercussão na internet. Em menos de um ano após o lançamento do canal já contavam com mais de 5 milhões de inscritos, tornando-se o maior canal de humor do Brasil no YouTube.



A equipe percebeu que o primeiro vídeo era bastante longo e optou por produzir vídeos com menor tempo de duração, que agradaram ainda mais os internautas. Gregório contou que todas as segundas, ele e os quatro  fundadores do projeto, se reúnem para discutir sobre os roteiros. Disse que nessas reuniões são levados, em média, oito vídeos, para que destes sejam escolhidos dois para gravação.

Em seguida, apresentou seu novo livro Ligue os pontos: poemas de amor e big bang, e explicou como iniciou-se sua vocação para a escrita. Desde pequeno gostava de escrever, começou a fazer poesia ainda jovem e ao chegar na faculdade foi mais motivado por seu professor, e também poeta, Paulo Henriques Britto. 

Logo após isso, o evento foi aberto para perguntas que o ator e escritor respondia enquanto apreciava o sabor do pão de queijo mineiro. Ao ser perguntado sobre as publicidades que o canal começara a fazer, contou que a primeira parceria aconteceu depois do lançamento do vídeo “Fast-Food”, que tornou-se em pouco tempo um viral. Com claras referências ao Spoleto, o Porta dos Fundos foi procurado pela rede para que mudassem o nome do vídeo, de Fast-Food para realmente Spoleto, e em seguida para que fizessem outro vídeo, dessa vez produzido especialmente para a rede. A história gerou na época grande mídia espontânea para a Spoleto, e até hoje esse é um dos vídeos mais lembrados do Porta dos Fundos.


Quando indagado sobre os vídeos com temas polêmicos, Gregório disse que o canal gosta de “Bater em quem não está acostumado a apanhar”, referindo-se ao fato de que eles gostam de fazer humor visando não as minorias, que são frequentemente “vítimas” dessa indústria humorística, mas sim às maiorias fortes, que detêm poder nas mãos, para criticar suas atitudes ou posições e gerar reflexão social.

Gregório ainda falou sobre sua posição como ator, disse que na infânica era muito tímido e por isso seu avô, que era psicanalista, indicou que fizesse aulas de futebol e teatro. Com humor ele contou que o futebol não deu certo, mas o teatro tornou-se uma paixão.

Sobre o futuro, ele disse que ainda pensa em fazer vídeos dramáticos, o que, segundo ele, surpreenderia os fãs do Porta dos Fundos, além de abrir novos dias para divulgação de novos vídeos e ainda ter um canal com streaming ao vivo.

Terminou contando sobre seu primeiro livro,  A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora, e sobre o processo de escrita de seu atual lançamento, Ligue os pontos: poemas de amor e big bang, que demorou cerca de seis anos para ser escrito.



Para fechar o TipCOM, Gregório autografou os livros de quem havia comprado e tirou fotografias com todos os fãs. 

TipCOM: BH nas Ruas e o jornalismo colaborativo

Hoje foi a vez do BH nas Ruas falar sobre a nova forma de jornalismo realizada por eles durante as manifestações que ocorreram em Belo Horizonte no meio desse ano. 

Durante a conversa que os integrantes do BH nas Ruas realizaram com os espectadores, foram discutidos temas como o contexto em que a iniciativa foi tomada, a dificuldade em fornecer ao público apenas informações confiáveis, seguras e reais – diferentemente da cobertura realizada pela grande mídia na época – e o processo de construção de uma linha visual e editorial para a pagina.

Em meio a tantas manifestações nacionais que estavam ocorrendo no meio de 2013, os estudantes de Comunicação da UFMG sentiram a necessidade de unir todas as informações fornecidas por diversos meios diferentes em uma pagina, porém com uma especificidade: informações vindas dos próprios colaboradores do BH nas Ruas que estavam nas manifestações e, alem disso, através de uma apuracão dos acontecimentos retratados por outros manifestantes. E assim foi criado o BH nas Ruas, uma proposta de jornalismo colaborativo de verdade, com quem estava de fato nas manifestações. 

Segundo os próprios integrantes, o coletivo de jornalismo colaborativo, em seu inicio, foi construído de forma imatura. Porem, a repercussão que a página teve durante as manifestações foi inesperada pelos colaboradores que perceberam então a necessidade de criar uma identidade para a página, padronizando, então, a linha de postagem das informações, tanto visual quanto editorial. Por isso, um logotipo foi criado para a pagina e foi definido um estilo de postagem, tanto textual quanto fotográfica. Dessa forma, foi criado um estilo para o BH nas Ruas que, aliado com as fontes confiáveis e seguras – que eram os próprios manifestantes -, se tornou um simbolo para a cobertura das informações, construindo durante todo esse período uma credibilidade imensa perante o publico e, pasmem, a própria grande mídia. 

No início das manifestações, a mídia tradicional se mostrava contra esse tipo de exercício democrático, escondendo ou deturpando informações, quando não se posicionava publicamente em oposição as manifestações. Porém, com a adesão popular e com meios de comunicação como o BH nas Ruas, que fornecia a população fatos verídicos, a grande mídia mudou seu discurso, chegando inclusive a entrar em contato com os integrantes do coletivo para entrevistas e, inclusive, de confirmação de acontecimentos ocorridos durante as manifestações. 

 Dessa forma, o BH nas Ruas foi um agente que contribuiu em um momento histórico e importante para a sociedade. Em meio a varias tentativas de manipulação dos fatos, visando a modelação da opinião pública, o coletivo através de uma nova maneira de fazer jornalismo foi uma alternativa para todos que desejavam informações verídicas. Atualmente, os integrantes estão escrevendo um livro sem fins lucrativos que sirva como um registro da trajetória de um novo tipo de jornalismo.

TipCOM: Ronaldo Gazel e as tecnologias emergentes


A palestra de hoje do TipCOM ficou por conta de publicitário Ronaldo Gazel, ele está no mundo da publicidade desde 1993 e hoje é Glutão e degustador na Meatballs, um estúdio de criatividade, tecnologia e games.

Na palestra, ele contou do cenário publicitário com ênfase em tecnologias emergentes, durante seu tempo de mercado e como elas geram engajamento e se desenvolvem. Ele lançou também, uma discussão sobre “rótulos” profissionais, e perguntou “Qual seu rótulo hoje?”. Ele explicou que amanhã você pode mudar e ser rotulado de outra maneira, mostrou assim o quão mutável é o mercado, as tendências, nós mesmos e também as relações com pessoas de nossa área, de outra áreas e até com as próprias áreas de atuação presentes no mercado.

Tendo em vista esse cenário mercadológico publicitário de inovações, é necessário que pensemos além, sem amarras e participar da atual revolução que se faz: comprar riscos, dividir expectativas e gerar motivação, para assim mudar as relações entre as pessoas. Cenário este em que se encaixam as tecnologias emergentes, que são uma forma de grupos se juntarem para por em pratica um projeto e assim se lançarem nesse mercado e desenvolverem o empreendedorismo.

A área de atuação do palestrante dentro desse segmento de games é o “Advergames”, que fica entre as grandes empresas com um universo de grandes investimentos e disputas e os games indies que são grupos independentes que não precisam de grades investimentos. Assim essa área intermediária, tem como foco a gameficação, ou seja, a fusão do game a outra áreas e fatos, a apropriação de outras tendências.

Ele caracterizou como fórmula de sucesso a ressignificação de processos, essa apropriação das coisas para compor outras coisas novas. Como exemplo apresentou o jogo Odyssey, que foi para sua época uma grande inovação, e também um trabalho dele, o Desafio do Pitágoras, que é uma apropriação dos tradicionais testes vocacionais.

Apresentou também alguns fatores que fazem com que essas tecnologias emergentes sejam sucessos e prendam a atenção das pessoas, como: cansaço dos formatos tradicionais (tanto online quando off-line); casual gamers e o mercado promocional; amadurecimento e o perfil multidisciplinar; fusão do online com o off-line. São fatores múltiplos e interdisciplinares, geradores de conteúdo que consegue abranger cada segmento de público envolvido, sejam os gamers ou aqueles que jogam casualmente. Também mostra que a contemporaneidade, é a busca de inspirações para novas tendências, mesmo que essa busca seja feita em tendências mais antigas.

É necessário assim, ir além dos sites, expandir as interfaces, e promover a comunicação com o digital, aproximar os games de quem joga e fazer com que eles sejam mais naturais. Assim Gazel mostrou alguns elementos chaves para os games, são eles: narrativas; multiplaying, meritocracia; realidade aumentada; sensores; mídia digital. São elemento que mantém as pessoas envolvidas no jogo e fazem com que elas se identifiquem e gostem do jogo, se sintam parte do jogo, presente nele.

Para terminar, ele apresentou alguns cases de sucesso que alcançaram grande repercussão tanto online quanto off-line:

Dr. Saulo da Nextel:


Guitar Pee:

British Airways:


Smart Fortwo:

TipCOM: Zebra e o Marketing Digital

O segundo dia de palestras do TipCom foi comandado por Rafael Moreno, planejamento da Zebra Agência Interativa, que tem seus serviços direcionados para a comunicação integrada, ligada as novas tecnologias e conteúdos.

Rafael apresentou a forma de trabalho utilizada pela Zebra: Como engajar pela inspiração e não pela imposição. A partir dai foram evidenciadas a influência da internet hoje e futuramente, e como as marcas buscam engajar o seu público.

Para explicar a importância da internet para a mídia interativa, o planejador realizou uma volta ao tempo onde a internet era pouco acessada e minimamente utilizada pelas marcas para chegar até o seu público. Demonstrou ainda como a internet age hoje, em mundo extremamente digitalizado, em que as marcas acreditam que através do uso das redes sociais conseguirão maior engajamento e aumento de vedas. Por fim, fez uma previsão de como a internet será utilizada no futuro, conectando os mais variados objetos (sejam, utensílios domésticos, de uso pessoal, dentre outros).

Uma informação simples e de extrema importância foi evidenciada por Rafael: as marcas têm características, valores e percepções. Sabendo disso, a comunicação digital ideal deve delinear quais são os principais ativos da empresa e seus valores, pois é assim que encontrará o caminho que levará ao posicionamento da marca. O posicionamento, a causa das marcas é o que as conecta com as pessoas, ou seja, o engajamento do público se dá pelo que a marca apresenta como causa, o o marketing digital é o responsável por apresentar tal causa através da internet - principalmente as redes sociais. 


Por fim, o publicitário nos deixou duas lições que com certeza serão lembradas. A primeira diz respeito a comunicação digital, afirmando que assim como a comunicação tradicional, a digital é também uma forma de comunicação, que se diferencia por utilizar o marketing digital para chegar ao público, mas que é essencialmente comunicação. A segunda é que não devemos ser apenas criadores de ideias, mas sim criadores de ideais.

No segundo dia de TipCom tivemos um bom direcionamento sobre o marketing digital e o que deve ser feito para a excelência do mesmo. Não percam os resumos dos próximos dias de TipCom, aqui mesmo, no Cria Plano.

TipCOM: 3Bits e as interfaces criativas


O TipCOM - Tendências, Ideias e Práticas em Comunicação - organizado e oferecido pela Cria UFMG Jr., chegou em mais uma edição trazendo como tema as novas tendências digitais. O palestrante de abertura do evento foi Herbert Rafael, Diretor de Criação da agência mineira 3 Bits, especializada em criação digital e design interativo.

O publicitário iniciou sua apresentação com uma ideia interessante: mesmo que você saia da área de Comunicação, jamais deixará de trabalhar na área da tecnologia. E em seguida, apresentou uma série de exemplos bem sucedidos que possuem em comum a imprescindível atuação do mundo digital.

Para mostrar a relação existente entre Interface, Design e Código Herbert demonstrou como os indivíduos estão constantemente inseridos num conjunto de quatro esferas, sendo elas: Comunicação, Design de Interfaces, interação social e Tecnologia. Ou seja, nos dias atuais nós transitamos de maneira cíclica entre estes quatro aspectos que fazem enorme diferença em nossas vidas. Além disso, o palestrante falou sobre algumas tendências contemporâneas que estão diretamente relacionadas às práticas de Comunicação.

A primeira delas é a tradução de dados, que deu início ao processo de digitalização das informações e nos possibilitou um universo das mais variadas plataformas, como celulares de última geração, internet, imagem 3D e tantas outras. Foi apresentado ainda um case da 3Bits, o Sync Lost, uma interface que possibilita aos usuários visualizar interativamente todas as conexões da história da música eletrônica, o que só foi possível ao se traduzir dados simples em informações complexas.


Sync/Lost no Smirnoff @ Nightlife, São Paulo/Brasil from 3bits on Vimeo.
Outra tendência apontada foi a simplificação, que inspira a criação de plataformas cada vez mais intuitivas e fáceis de serem manuseadas. Assim, uma boa interface deve levar um tempo curto para ser apreendida pelo usuário, ao mesmo tempo em que proporciona maior taxa de aprendizado. Logo, é essencial que seu funcionamento se dê de forma prática e rápida, possibilitando o maior tempo possível para aperfeiçoar a experiência do usuário. A Mesa das Emoções, desenvolvida pela 3 Bits para comemorar o aniversário de 80 anos do jornal Estado de Minas, foi um exemplo criativo de design interativo que possibilitou às pessoas conhecerem a história do jornal de maneira moderna e dinâmica.


Interactive Table - Mesa das Emoções from 3bits on Vimeo.
A localização é outro aspecto a ser considerado no desenvolvimento de interfaces, já que o objetivo principal é sempre alcançar o público pretendido com exatidão. Levando, assim, a mensagem até as pessoas certas. Nesse sentido, o case #doepalavras, que a 3Bits desenvolveu em parceria com a RC para o Instituto Mário Pena, demonstra como a localização do público favoreceu a transmissão da comunicação com eficiência.


#doepalavras from 3bits on Vimeo.
Por fim, a inteligência coletiva é mais uma importante tendência das mídias digitais. A concepção por trás do “unidos somos mais” demonstra como as pessoas estão interessadas em se envolver nos projetos umas das outras. O exemplo trazido pela 3Bits, o site ideeeias, propõe aos usuários compartilharem suas ideias de maneira simples e objetiva, e caso elas recebam apoio dos demais usuários podem até mesmo sair da gaveta.

Neste primeiro dia de TipCom, Herbert Rafael mostrou como o uso inteligente da tecnologia contribui para inovar ideias de Comunicação e trazer soluções para a necessidade das pessoas. E quem tende a ser mais beneficiado com essa dinâmica são os usuários, que cada vez mais têm acesso a interfaces que os possibilitam experiências únicas.

Estupro, Cocar e Cultura ao Corpo


O que poderia ser visto com um “pequeno erro” ganhou alcance catastrófico nesses últimos dias. A loja de roupas Marisa disponibilizou para venda uma camiseta com os dizeres “great rapers tonight”, cuja tradução literal se parece com algo como “grandes estupradores hoje à noite”. 

Rapidamente a imagem da camiseta se espalhou pelas redes sociais acompanhada por piadas ou mesmo acusações à marca. Em nota, Marisa afirmou que foi um erro de grafia e que determinou, além da retirada do produto de todas as suas lojas, também a oportunidade de troca ou reembolso aos clientes que adquiriram a peça.


Relatos de deslizes envolvendo marcas de roupas não são tão incomuns quanto se parece. Em agosto deste ano a rede sueca de fast fashion H&M lançou uma coleção especial para os festivais de música da temporada chamado de “H&M Loves Music”. Na coleção, um cocar, adorno de penas usado por índios, foi comercializado como item fashion, o que gerou insatisfação e o argumento de que a marca, deste modo, desvalorizava e fazia uma paródia com a cultura indígena.


No início deste ano, outro caso foi motivo de revolta popular: a empresa Abercrombie & Fitch parou de fabricar roupas maiores que o tamanho “large”, a insatisfação aumentou com o pronunciamento do CEO da empresa, Mike Jeffries, que disse “Toda escola tem os adolescentes legais e populares, e os que não são tanto assim. E sinceramente, nós somos destes que queremos os bonitos, “cool”, que tem uma boa atitude e muitos amigos. Muita gente não serve em nossas roupas e não devem servir. Somos exclusivos? Com certeza!”.


Depois do ocorrido, começaram campanhas para distribuir roupas da marca para moradores de rua, o movimento é conhecido no Brasil como Abercrombie Popular e é uma forma de protesto ao posicionamento da marca.

Agora só nos resta pensar em como um erro, um mal entendido ou simplesmente uma decisão ridícula e preconceituosa tomada pode influenciar na visão que o público terá da marca dali em diante. Estar atento a cada detalhe faz parte da fórmula para o sucesso e aceitação da empresa no mercado.

Enem: o hit do momento!

O Exame Nacional do Ensino Médio aconteceu no último final de semana (26 e 27/10) e agitou a Internet. Nas redes sociais o assunto mais comentado era o Enem, que se tornou motivo de risadas e likes entre os internautas. 
Uma variedade de memes, vídeos, marcas e candidatos exploraram o tema e ganharam espaço na rede. Como já é de costume, o ENEM e o MEC (Ministério da Educação) foram muito zoados, seja com questões corretas ou não. Para começar a trolagem foi criada uma conta falsa no instagram em nome no MEC, nesta conta eram postadas fotos alegando que candidatos que desrespeitassem as regras do edital seriam eliminados. Como se não bastasse as postagens, a conta que falava em nome do Ministério da Educação interagia com os usuários e repostava fotos das provas tiradas e publicadas por candidatos, informando a eliminação.
 Em uma das questões aparece a palavra “gasolina” com grafia incorreta - gazolina-, mas que o ministro Mercadante justificou como seguindo a ortografia dos anos 60. Tal justificativa não impossibilitou a zoação nas redes sociais.




Considerando ainda as questões presentes na prova, teve um “bichinho” que tornou-se ícone na internet. O NanoKid virou meme nas redes sócias, na realidade o bichinho não passa de estrutura de moléculas que parece um boneco abrindo os braços. E lógico, teve cada adaptação mais engraçada que a outra.




Teve também candidatos correndo MUITO para não chegar atrasados e conseguirem adentrar para fazer as provas. E claro, a alegria de alguns internautas se tornou completa com paródias e o vídeo do candidato cearense que desmaiou no caminho para a prova.






 O ENEM ainda foi utilizado por algumas marcas para conversar com seu público nas redes sociais.
 

Para finalizar confira o vídeo da estudante pernambucana que tornou-se viral na internet. No vídeo ela dá sua opinião sobre o Exame Nacional do Ensino Médio. Vale a pena conferir!


Licença, mas essa carne é Friboi?


Em "O Primeiro a Gente Nunca Esquece", Washington Olivetto fala sobre o filme mais premiado da publicidade brasileira. "Meu Primeiro Sutiã", propaganda criada pelo redator, aborda um sentimento universal a todas as mulheres, se comportando, então, de uma forma atemporal. O bordão "o primeiro sutiã a gente nunca esquece", uma das frases publicitárias mais parodiadas do Brasil, sendo reproduzida por Pelé e Ayrton Senna, se imortalizou e, como diria Olivetto em seu livro, conseguiu "atingir uma ambição mais nobre: entrar para a cultura popular do país". Porém, essa nobre ambição de que Olivetto fala não se reserva a só suas campanhas, já que várias outras propagandas também provaram que publicidade não é só vendas, é também sobre cultura. 


Você deve se lembrar do polêmico “Quer pagar quanto?” da Casas Bahia ou do “1001 utilidades” do Carlos Moreno pra Bombril. E talvez você nem se lembre, mas simplesmente um dia escutou isso, nunca pesquisou, e sai por aí falando que certa coisa “Não é assim uma Brastemp”. Ou quem sabe de vez em quando se depara com o não tão verdadeiro “Tipo Net” na TV e com a lição de que existem coisas que o dinheiro não compra, mas que, para todas as outras, existe MasterCard. E, depois do poder da publicidade de tornar redes de varejo, produtos de limpeza, lava-roupas, TV e Internet por assinatura e cartão de crédito em cultura popular, chegou a vez de Tony Ramos fazer o Brasil todo perguntar: é Friboi?

A JBS, empresa brasileira responsável pela Friboi, é o maior frigorífico do setor de carne bovina do mundo. No final de 2010, movimentou-se para reposicionar a empresa, lançando em 2011 um vídeo institucional e uma campanha com astros da música sertaneja, em que, guardando os selos dos produtos Friboi, era possível trocá-los por bonecos desses artistas. Porém, foi só agora, em 2013, que a Friboi conseguiu se posicionar e se consolidar no mercado de uma forma sensacional. 



Por mais que digam o contrário, a Friboi com Tony Ramos, seu garoto propaganda, criou uma cultura nos brasileiros de se preocupar com a marca da carne que estavam comprando. Antes, as carnes eram escolhidas pelos consumidores a partir da data de validade e preço. E só. Porém, a Friboi, ao introduzir a questão do controle de qualidade e da origem da carne que se compra, cria o hábito nos consumidores de pedir a carne pela marca. E, ao ser a primeira empresa frigorífica a se posicionar como de qualidade e confiança, carne de marca se torna sinônimo de Friboi. O sucesso da campanha pode ser percebido pela concorrência, que também começou a se utilizar mais de seu nome, reforçando-o como marca, mas, principalmente, pelo seu próprio desenvolvimento: Tony Ramos, no primeiro filme, aconselha uma senhora sobre a qualidade das carnes Friboi. Em outros comerciais, conversa com um grupo de amigos no supermercado, com um casal, mãe e filha e, por fim, com um grupo de amigas dentro de um restaurante. Após todo esse sucesso, a campanha atual da marca é passar em várias capitais do Brasil para entrevistar consumidores e açougueiros para provar que, de fato, hoje carne é sinônimo de marca e essa marca é Friboi. Dessa forma, é perceptível como a intimidade do Tony Ramos com o público aumenta gradativamente, gerando uma aproximação com o consumidor e, consequentemente, reforçando a marca.



A campanha que, depois de tanto sucesso, agora é memética e colocou na boca dos brasileiros mais um bordão derivado do êxito publicitário, se mostra genial: posicionamento, vendas e cultura popular, assim como Olivetto.

O que te inspira?


A Petrobrás, empresa mais que tradicional do Brasil, em 2013 está completando seus 60 anos. Com isso, lançou a campanha #MeInspira, que remete às suas seis décadas de inspiração. 
Dentro do tema A Origem da Inspiração, a marca lançou uma série de cinco histórias inspiradoras e emocionantes. Para cada filme havia um diretor diferente, com um olhar diferente sobre cada personagem e cada enredo. Os filmes refletem a diversidade cultural e as diversas realidades brasileiras. Um deles é sobre a própria Petrobrás. 


Com o movimento #MeInspira, diversas pessoas estão sendo inspiradas, inclusive os jovens. Mas a pergunta que fica é: como e de onde vem a inspiração? E foi por isso que, a partir de uma pesquisa com perguntas abertas que resultou em um criativo infográfico realizado pela YouPix, 500 jovens contaram o que é que lhes inspira e o que lhes move nos dias de hoje. A pesquisa veio para quebrar alguns paradigmas e falsas impressões, seja da internet ou da nossa própria geração num todo. 


Mas e você, o que te inspira? Você pode responder contando sua inspiração no Twitter e Instagram usando a hashtag #MeInspira. As melhores respostas serão destacadas pela Petrobrás no site Me Inspira. Confira as outras histórias:





Estratégias para ganhar -ainda mais- visibilidade no MTP!

Por Lyliane Goulart, Isabel Alves e Gabriela Albuquerque 

   Como vocês já sabem, Belo Horizonte sediou, na última semana, mais uma edição do Minas Trend Preview- evento de moda mais badalado de Minas Gerais. Nossos colegas já contaram sobre as tendências Outono-Inverno 2014 e foram além, nos revelando quais são as principais linhas a serem seguidas no Verão 2015. 
    Mas, hoje nosso post vai sair um pouco das tendências e focar nas estratégias utilizadas pelas marcas para se promoverem. Além das passarelas, alguns estilistas buscaram uma forma diferenciada para chamar atenção para suas roupas, diga-se de passagem, uma maneira muito usual, que entretanto sempre traz bons resultados. A marca de jeans DBZ realizou o lançamento de sua nova coleção no seu estande no salão de negócios. A imprensa foi convidada para uma visita ao estande que contava com a presença da atriz Carol Castro, trazendo grande movimentação ao mesmo. A atriz vestia peças da marca e posou para fotos que teve circulação nacional.

   Já a estilista Fabiana Millazo além de apresentar lindas peças diferenciadas pelos trabalhos manuais, apostou em trazer para assistir seu desfile as atrizes globais Maria Casadevall e Sophia Abrahão, que estão em alta na novela das nove “Amor à vida” como as personagens Patrícia e Natasha, respectivamente. Além delas, a estilista trouxe também a bela Paloma Bernardi, e na passarela a modelo e atriz Laura Neiva.


   Na primeira fila do desfile da marca GIG estavam a atriz Marina Ruy Barbosa e a apresentadora Isabella Fiorentino. As belas foram convidadas para assistir o desfile da coleção de Inverno da marca, usando - é claro - algumas das peças que estavam sendo apresentadas na passarela.


     As três marcas utilizaram a mesma estratégia: trazer pessoas famosas e que inspiram a moda para muitas das mulheres brasileiras. Se isso deu certo? Basta digitar no Google os nomes das atrizes acompanhadas da sigla MTP (Minas Trend Preview) para se deparar com uma diversidade de fotos das belas vestidas com as roupas da DBZ, Millazo ou GiG. Desta forma, os nomes das marcas foram disseminados e com certeza ganharam mais reconhecimento do que antes. 
    Uma marca que não estava presente nem nos desfiles e no salão de negócios, mas que marcou presença e chamou a atenção do público no evento foi O Boticário, que busca reforçar sua marca no cenário da moda através da sua presença em eventos de reconhecimento nacional e internacional, sendo está sua terceira participação como patrocinador do MTP. A empresa apresentou ações diferenciadas e presenças ilustres em seu lounge, como o Fernando Torquato e vencedora do reallity “Desafio da beleza” Sueleen Johann.
   No louge haviam quatro ilhas de maquiagem que serviram para apresentar a nova linha de maquiagem “Rio Sexties”, da Make B. No primeiro dia do evento, o maquiador Fernando Torquato apresentou a nova coleção de O Boticário, explicando o porque do nome e inspirações da mesma. Além disso, o próprio lounge era uma atração, pois fazia referência as belezas da cidade do Rio de Janeiro, sendo que promotoras uniformizadas circulavam pelo salão de negócios atraindo visitantes ao espaço. Outra ação que chamou bastante a atenção do público foi o curso de automaquiagem ministrado pela maquiadora Suelen Johann ali mesmo no lounge. Para participar desse curso a pessoa teria que comprar R$ 150,00 em produtos Make B., porém não foi apenas os clientes que eram atraídos a visitarem o espaço da marca, pois como o curso era lounge mesmo outras pessoas que estavam visitando o evento paravam para assistir. 
   Deste modo, O Boticário usou de ações que interagissem com o público para que conseguisse marcar presença e se destacar, uma vez que estava em um grande evento em que está presente importantes marcas de moda do mercado mineiro. 



  









   Outro patrocinador que não esteve nas passarelas, mas que marcou forte presença no evento, foi a marca de café “3 Corações”. Com um estande no salão de negócios, a tática utilizada foi a distribuição gratuita de cafezinhos para o público. O resultado de tal ação foi um estande super movimentado, ouso até afirmar que foi um dos mais movimentados de todo Minas Trend. 
   Algumas marcas arriscaram - ou não- em suas ações. Seja trazendo pessoas famosas, oferecendo tutoriais de maquiagem, ou até mesmo dando cafezinhos, as estratégias utilizadas trouxeram visibilidade as mesmas. Em um evento de reconhecimento nacional e de tanta importância para o cenário da moda mineira, deve-se buscar sempre inovar e, principalmente, aparecer.

Minas Trend Preview apresenta as tendências do Verão 2015


Através do “Fórum de inspirações” o evento mineiro traz aquilo que o mercado vai seguir na estação mais quente de 2015. 

Por Nathália Tameirão e Virgínia Badaró

Nesta última quinta feira, dia 10, o Minas Trend Preview, evento de moda mineiro que acontece uma vez por semestre, ofereceu uma palestra para apresentar as tendências do verão 2015. Este “Fórum de Inspirações” foi apresentado por Marnei Carminatti, consultor do Núcleo de Design da Assintecal, e nele foram mostrados três conceitos-chave diferentes, abrangendo públicos variados, que irão compor a moda da estação e os quais as grandes empresas do ramo vão tender a seguir.
O Novo Mundo, das cidades, da vida urbana, da modernidade e das novas tecnologias, é a principal inspiração do Conceito 03, que estará menos presente no verão 2015, mas aparecerá de forma marcante. A confusão, o caos da cidade, sua poluição, mistura de ruídos, cores e cheiros, passa a ser vista de uma forma mais “poética” através da arte urbana, graffiti, ou outras intervenções, e isso é aproveitado pela moda. As estampas e ilustrações passam a seguir essa arte, que trabalha com cores marcantes, formas simples e a praticidade que o morador das grandes cidades busca.
O contraste entre a natureza e a paisagem das cidades, e a forma como ele é retratado pelos artistas, também ganha destaque, principalmente na questão das cores e estampas. O verde sobre o cinza é uma combinação que será muito utilizada.
Além disso, os emaranhados, a confusão de fios e movimentos nas cidades, também serão muito aproveitados, principalmente nos acessórios, mas também nas roupas, trazendo a idéia de volume e bidimensionalidade.  
A simplicidade será a palavra chave desse conceito, já que é isso que o morador dos grandes centros urbanos procura. Ter uma forma de escapar do caos da cidade, da poluição que vem de todas as partes, estando, ao mesmo tempo, ligado a cidade, é o desejo de quem segue esse conceito.
Logo depois, foi apresentado o Conceito 02, intitulado Sol da liberdade. Esse conceito se fará um pouco mais presente que o conceito 03, representando cerca de 30% do mercado da moda no verão 2015. O hedonismo das cidades praianas, a vegetação tropical, as cores do pôr do sol e a arquitetura das favelas são grandes inspirações para as tendências trazidas pelo conceito, que foca na leveza e no doce balanço do mar dos balneários.
Neste conceito podemos ver bastante a cara do litoral brasileiro, principalmente do Rio de Janeiro, onde se é cercado pela natureza e por corpos modelados e bronzeados. A questão do exotismo nas estampas e formas, tendo geralmente o preto como cor de base, será muito aproveitada, assim como o trabalho com a pele, que durante a estação, fica muito a mostra e recebe muita atenção. Os acessórios terão um visual mais “clean” para contrastar com as máxis estampas das roupas.
Os cintilantes também vão estar em alta, fazendo os acessórios e roupas ganharem um banho de dourado, representando a famosa “golden hour”, hora dourada, que ocorre quando o sol está se pondo e a qual os frequentadores dessas cidades paradisíacas estão muito familiarizados. A confusão dos aglomerados, como a Rocinha e o Vidigal, também serão muito aproveitados nos bordados e para criar volume nas peças.
O verão 2015 trará o frescor e a beleza dos paraísos tropicais ao abusar dos dourados, azuis verdejantes, laranja e marrom, presentes constantemente na vida do morador da cidade praiana que “mora onde os outros passam férias”.
Os caminhos dessa estação, em geral, irão trabalhar bastante com a questão da brasilidade em sua totalidade, porém, o Conceito 01, denominado Terra Adorada, irá trazer a identidade nacional brasileira com mais força, ganhando assim mais destaque em suas tendências. Nele poderemos sentir a simplicidade, alegria e hospitalidade do povo brasileiro, transmitindo elementos da alma popular.
A simplicidade, o humor espontâneo, a arte feita à mão, as placas, interioranas e as formas simples, serão muito utilizadas nesse conceito, pois traduzem um pouco da alma, e do que é ser brasileiro. A questão da transformação e do movimento pelo “Jeitinho Brasileiro” também estará muito presente, assim como a inspiração pelas torcidas, o que causa o uso de elementos característicos, como símbolos e bandeiras.
Os desgastes, os craquelados espontâneos, a sobreposição e a mistura de duas cores, geralmente o branco, neutralizador, com cores mais fortes, também se fará muito presente. Os ventilados e vazados mais ornamentados, também serão muito utilizados nos acessórios e até mesmo para criar estampas.  Nesse conceito busca-se muito trazer a simplicidade do povo brasileiro, o que é genuinamente daqui.
Através do uso intenso do contraste de cores, do grafismo dos letreiros interioranos, da pintura manual dos caminhões e da mistura intensa de tipografias, cores e números, poderemos inspirar e despertar sentidos do indivíduo do conceito 01, comum na maioria das cidades brasileiras.
A partir disso tudo que foi apresentado, uma das impressões que fica mais fortemente marcada é a de que a palavra chave do verão 2015 será “diversidade”. Em um país tão grande e de culturas, tradições e costumes tão variados, não é de se assustar que a moda siga esse caminho. No Brasil ela vai atender aos mais diferentes tipos de públicos, com tendências que vão do cosmopolita, que vive nas grandes cidades; ao natural e exótico, presente nas paisagens e na gente bonita da terra adorada; e também à raiz do “ser brasileiro”. O país está em alta, se destacando também no cenário internacional, com toda sua exuberância exaltada pelos turistas. Portanto, os conceitos exibidos no Fórum de Inspirações vieram reforçar a retomada do nacionalismo, trazendo a alegria, a diversificação e principalmente a simplicidade do povo brasileiro.


 
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